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JUN
27
27 JUN 2007
Bacia do Ribeirão Lajeado será modelo de estimativa de fixação de carbono
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     Pesquisadores da Fundação SOS Mata Atlântica e da Esalq-USP (Escola Superior de Agronomia “Luíz de Queiroz” da Universidade de São Paulo, campus de Piracicaba) irão monitorar a quantidade de emissão de carbono produzido na bacia hidrográfica do Ribeirão Lajeado.

     Através do Daep – Departamento Autônomo de Água e Esgoto de Penápolis e do Consórcio Intermunicipal Ribeirão Lajeado, os pesquisadores irão realizar a implantação de povoamentos florestais, com espécies nativas, visando a neutralização de emissões de gases de efeito estufa na atmosfera, como vem sendo executado pela SOS Mata Atlântica há mais de 7 anos, introduzindo no Brasil o conceito de mercado voluntário de reduções de emissões deste tipo de gás.

     A pesquisa, que terá como base a recomposição ciliar efetuada na bacia do Ribeirão Lajeado desde 1991 será feita nos moldes exigidos pelo Protocolo de Kyoto, assinado em 1997, na cidade de Kyoto, no Japão, porém, entrando em vigor oficialmente apenas em 2005, após a Rússia ratifica-lo em novembro de 2004.

     Na primeira visita realizada à bacia do Lajeado, os pesquisadores, acompanhados do Coordenador e do Chefe de Serviços do Consórcio Ribeirão Lajeado, respectivamente Carlos Alberto Feltrin e Luiz Antônio Parladore, visitaram os plantios e nas próximas semanas já estarão em campo efetuando os levantamentos necessários. O Consórcio Ribeirão Lajeado disponibilizará todos os dados de diagnósticos feitos na bacia hidrográfica para a execução do projeto.

     Segundo Hilton Thadeu Zarate de Couto, professor da Universidade de São Paulo e Ph.D. em bioestatística e inventário florestal, a metodologia básica de cálculo da neutralização consiste em, a partir de uma estimativa de emissões, executada para uma situação especifica (evento, atividade, empresa ou pessoa), calcula-se o número necessário de árvores  para neutralização.

Pesquisadores em campo

     Existem alguns pontos frágeis para o processo onde os pesquisadores precisarão ficar atentos que são a possibilidade de erro de cálculo durante a estimativa de emissões e da quantidade necessária de árvores para neutralizar a emissão. “O erro de inventário de emissões é raro, uma vez que possuímos várias metodologias e tabelas detalhadas, já para o potencial de fixação de Carbono por florestas nativas, vemos uma considerável falta de informação e pouco consenso sobre a reduzida massa de dados disponíveis, principalmente quando tratamos de povoamentos plantados com espécies nativas” – informou Thadeu.

     Conforme explicou Jeanicolau Simone de Lacerda, pesquisador da Key Associados e SOS Mata Atlântica, dado a falta de dados biométricos dos povoamentos, não é possível apresentar o delineamento definitivo, porém, alguns elementos serão estudados neste trabalho de pesquisa –“Estudaremos o incremento médio volumétrico e de carbono dos povoamentos, a partir da implantação de parcelas fixas de inventário e conseqüente definição de curvas de crescimento e a biomassa e teor médio de carbono e densidade básica de espécies implantadas, visando verificar as variações para as condições dos povoamentos objeto”.

     O resultado esperado é um modelo para quantificação de CO2 equivalente fixado em toneladas/hectare, gerado a partir de variáveis como mix de espécies, idade e dados biométricos.

Feltrin com o professor Hilton fazendo coleta de material

     A Fundação SOS Mata Atlântica irá demarcar áreas para a realização do monitoramento, este projeto terá a duração de 4 meses na primeira fase, devendo o monitoramento das parcelas fixas estender-se por 20 anos.

     Para o Diretor Presidente do Daep e Secretário Executivo do Consórcio Ribeirão Lajeado, Lourival Rodrigues dos Santos, a cidade de Penápolis foi escolhida pela referência que possui em consórcios e ações ambientais – “Graças ao trabalho desenvolvido ao longo dos anos, Penápolis servirá de modelo para este projeto de experiência inédita no Brasil”.

     “O Consórcio Ribeirão Lajeado possui dois diagnósticos da bacia hidrográfica, um de 1991 e outro de 2003, este novo projeto será muito importante para ampliarmos as ações ambientais não apenas na bacia hidrográfica do Lajeado, mas em todos os rios que cortam nosso município” – concluiu Lourival.

Lourival e Luiz Parladores em reunião com os pesquisadores

     O que é o Protocolo de Kyoto

     O Protocolo de Kyoto é consequência de uma série de eventos iniciada com a Conferência de Toronto, no Canadá (outubro de 1988), seguida pelo IPCCs (Painel Intergovernamental Sobre Mudança Climática, em inglês), Suécia (agosto de 1990) e que culminou com a Convenção – Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança Climática (UNFCCC) na ECO-92 no Rio de Janeiro, Brasil (junho de 1992). Também reforça seções da UNFCCC.

Constitui-se no protocolo um tratado internacional com compromissos mais rígidos para a redução da emissão dos gases que provocam o efeito estufa, considerados, de acordo com a maioria das investigações científicas, como causa do aquecimento global.

     Discutido e negociado em Kyoto no Japão em 1997, foi aberto para assinaturas em 16 de março de 1998 e ratificado em 15 de março de 1999. Oficialmente entrou em vigor em 16 de fevereiro de 2005, depois que a Rússia o ratificou em Novembro de 2004.

     Por ele se propõe um calendário onde os países desenvolvidos têm a obrigação de reduzir a quantidade de gases poluentes em, pelo menos, 5,2% até 2012, em relação aos níveis de 1990.

     Os países signatários terão que implantar planos para reduzir a emissão destes gases entre os anos de 2008 e 2012. A redução das emissões deverá acontecer em várias atividades econômicas.

     O protocolo estimula os países signatários a cooperarem entre si, através de algumas ações básicas, tais como reformar os setores de energia e transportes, promover o uso de fontes energéticas renováveis, eliminar mecanismos financeiros e de mercado inapropriados aos fins da Convenção, limitar as emissões de metano no gerenciamento de resíduos e dos sistemas energéticos e proteger florestas e outros sumidouros de carbono.

     Se o Protocolo de Kyoto for implementado com sucesso, estima-se que deva reduzir a temperatura global entre 1,4º C e 5,8º C até 2100, entretanto, isto dependerá muito das negociações pós período 2008/2012, pois há comunidades científicas que afirmam categoricamente que a meta de redução de 5,2% em relação aos níveis de 1990 é insuficiente para a mitigação do aquecimento global.

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