A prioridade do projeto era retirar os catadores de lixo do aterro sanitário, oferecendo melhores condições de trabalho. Após analisar experiências em outros municípios como Araçatuba, Embú e Curitiba, concluiu-se que o ideal seria criar uma cooperativa de trabalho.
Assim, em 2000, nasceu a Cooperativa de Trabalho dos Recicladores de Lixo de Penápolis (CORPE) que passou a oferecer melhores condições de trabalho às pessoas que catavam lixo no aterro sanitário, antes com uma classificação baixa pelo órgão fiscalizador, CETESB, e que agora se enquadra nos padrões técnicos de funcionamento. Além disso, também é feito um resgate social com os cooperados, ajudando-os se reintegrarem na sociedade. Para que esse trabalho de reciclagem continue dando certo, é fundamental a contribuição da população que separa o material para a coleta seletiva.
Atualmente, os objetivos da CORPE estão sendo alcançados e não há mais nenhum catador de lixo no aterro sanitário.
Uma pesquisa realizada no final do ano de 1999 apontou que 99% dos entrevistados aprovavam a implantação da coleta seletiva em Penápolis. Paralelo a isso, a equipe do Centro de Educação Ambiental (CEA) e a assistente social do DAEP (Departamento Autônomo de Água e Esgoto de Penápolis) começaram um trabalho de conscientização dos catadores de lixo sobre a necessidade de saírem do local, mostrando a eles que o poder público estava preocupado com a situação de pobreza em que eles se encontravam. O DAEP cadastrou todos os catadores de lixo para quantificar os beneficiários com a criação da CORPE e organizou várias palestras para mostrar os benefícios da criação da cooperativa.
O DAEP cadastrou todos os catadores de lixo para quantificar os beneficiários com a criação da CORPE e organizou várias palestras para mostrar os benefícios da criação da cooperativa. Em termos ambientais, o município saiu ganhando com a reciclagem do lixo, pois o aterro sanitário deixou de ser um depósito de materiais de difícil degradação e teve sua vida útil prolongada com a diminuição dos resíduos depositados no aterro. A longo prazo significa uma economia de investimentos, evitando a aquisição de outra área para instalar outro aterro sanitário.
Graças ao êxito da experiência da CORPE, outros municípios visitam a cooperativa frequentemente para conhecer o trabalho de coleta seletiva desenvolvido em Penápolis.Em 2002, durante uma audiência pública da Procuradoria Geral do Trabalho de Campinas-SP, o projeto da CORPE foi indicado como modelo de implantação da coleta seletiva de lixo aliado ao desenvolvimento do trabalho social. Outro reconhecimento foi a inclusão da CORPE no projeto da UNICEF – Criança no Lixo Nunca Mais.
O trabalho da cooperativa é divulgado na rede escolar do município para que as crianças conheçam o projeto inovador e se conscientizem sobre o problema ambiental. Este trabalho é realizado pela equipe do CEA e do DAEP através de vídeos, cartilhas educativas, palestras, oficinas, entre outros. A CORPE é a prova de que com seriedade, compromisso e vontade política, podemos participar das soluções dos problemas sociais e ambientais.
Atualmente, a cooperativa trabalha diariamente com o objetivo de proporcionar uma vida mais digna para a família dos cooperados, além de contribuir com a limpeza da cidade e preservação do meio ambiente.
Relação de Prêmio e Projetos da CORPE
2014
– Apresentação oral do trabalho “Coleta Seletiva como Programa Sócio Ambiental“ na 18º Exposição de Experiências Municipais em Saneamento – ASSEMAE.
– Contemplado em R$ 66.354,26 pela Fundação Banco do Brasil através do projeto BB Voluntario “inclusão social e ganho ambiental gerado pela cooperativa de recicladores”.
2011
– Participação do Premio 05 de Julho realizado pelo Instituto Negócios Públicos do Brasil.
– Questionário para atualização do banco de tecnologias sociais do Banco do Brasil.
– Participação do premio ODM Brasil.
– Participação do premio Chopin Tavares de Lima.
– Participação da 15ª EDIÇÃO DO PRÊMIO FORD DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL.
2010
– Apresentação oral relatando a experiência da CORPE na 14º Exposição de Experiências Municipais em Saneamento – ASSEMAE.
– FUNASA - Finalista no Projeto para aquisição de Caminhão e construção do barracão de deposito de óleo.
2009
– Participação do 14º PRÊMIO FORD DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL.
2008
– Participação do Premio Selo Cidade Cidadã.
- Participação do Premio VONMARTIUS.
2007
- Aquisição a fundo perdido de R$ 307.000,00 através do BNDES sendo este recurso liberado por etapas no decorrer dos anos de 2008, 2009, 2010 e 2011 (aquisição de um caminhão, uma empilhadeira a gás, Bebedouro, materiais de escritório, materiais de cozinha, barracão de Óleo, treinamento / capacitação e capital de giro).
- Participação do 12º PRÊMIO FORD DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL.
2006
- Participação no Premio de Experiências em inovação social na America Latina e o Caribe - CEPAL ciclo 2006-2007.
- Apresentação de Proposta para o FUNDO DE APOIO A PROJETOS DE ECODESENVOLVIMENTO – Premio Boticário.
– Participação do Premio Selo Cidade Cidadã.
2005
- Participação do Premio CEPAM.
- Participação do 10º PRÊMIO FORD DE CONSERVAÇÃO AMBIENTAL.
- Conquista de R$ 23.500,00 para aquisição de uma picotadeira, uma esteira de triagem e duas prensas hidráulicas através do Banco do Brasil.
- Participação do Premio ODM BRASIL.
- Participação do Premio WWF com a premiação da publicação dos trabalhos realizados.
2004
– Conquista do Troféu Feilimp – Gestão Cidadã – categoria coleta seletiva.
- Participação do Premio Gestão Publica e Cidadania.
2003
- Aquisição junto ao FEHIDRO de R$ 80.000,00 para construção do barracão da CORPE com 1.500 m2.
2002
- Reconhecimento na audiência pública da Procuradoria Geral do Trabalho de Campinas (SP), onde o projeto foi indicado como modelo de implantação da coleta seletiva de lixo juntamente com o desenvolvimento do trabalho social.
- Patrocínio total da empresa TBG – Transportadora Brasil-Bolívia na confecção de 10.000 cartilhas educativas sobre a coleta seletiva.
2001
- Conquista do 2º lugar na categoria Projeto Ambiental Especial do Prêmio Balanço Ambiental CPFL–Gazeta Mercantil, interior paulista
- Participação do Prêmio Flávio Terra Barth, no Concurso Melhores Práticas do I Congresso Estadual de Comitês de Bacias Hidrográficas.
Tampas, potes, frascos, garrafas de bebidas, copos, embalagens. Devem estar limpos e sem resíduos. Podem estar inteiros ou quebrados. Se quebrados devem ser embalados em papel grosso (jornal ou kraft)
Latas de alumínio (ex. latas de bebidas e refrigerantes), latas de aço (ex. latas de óleo, sardinha, molho de tomate), tampas, ferragens, canos, esquadrias e molduras de quadros, etc.
Tampas, potes de alimentos (margarina), frascos, utilidades domésticas, embalagens de refrigerante, garrafas de água mineral, PVC, sacos plásticos em geral, peças de brinquedos, entre outros.
Aparas de papel, jornais, revistas, caixas, papelão, papel de fax, formulários de computador, folhas de caderno, cartolinas, cartões, rascunhos escritos, envelopes, impressos em geral.
Bairro Jardim, Village, Village Regina, Jardim Del Rey, Alto das Brisas, Jardim Palmares, Residencial Miguel Barbeiro, Portal dos Faveiros, Residencial Dr. Mário Sabino, Cidade Jardim, Jardim São Paulo, Residencial São Fernando, Jardim Ana Paula e Residencial Regina Célia.
Centro, Vila Aparecida, Vila Planalto, Vila Matheus e Jardim Ipiranga.
Jardim Primavera, Vila Martins, Jardim São Vicente, Vila Formosa, Vila Guanabara, Residencial Monreal, Vila Santa Terezinha, Vila Paulista, Vila Rocha, Vila Santos, Jardim Edejama, Vila Altimari, Vila Peres, Jardim Shangrilá e Jardim Pevi.
Vila Santo Antônio, Vila Fátima, Vila América, Vila São Joaquim, Jardim Brasília, Jardim Canadá, Jardim Premier, Vila Dona Eugênia, CECAP, Jardim Por do Sol, Jardim Hercília, Distrito Industrial, Jardim Tóquio, Vila Popular, Jardim Santa Cecília, Vila Torres e Jardim Aeroporto.
Jardim Ipê, Jardim Morumbi, Nossa Casa II, Projeto João de Barro, Vila Menino Ariovaldo, Cohab Crhis, Jardim Paraíso, Jardim Eldorado, Alphaville, Jardim Panorama, Jardim Tropical, Residencial Haroldo Camilo, Pereirinha e Residencial Silvia Covas e Residencial Garden Village.
Não há coleta seletiva nesses dias.
Além da coleta de materiais recicláveis, a CORPE coleta o óleo de cozinha usado em fritura nos mesmos dias da coleta seletiva.
O óleo de cozinha usado deve ser armazenado dentro de uma garrafa plástica para que a CORPE dê a destinação correta para esse material.
Caso contrário, esse óleo pode se solidificar dentro do encanamento de esgoto causando entupimento e transtornos em dias de chuva. Além disso, o óleo usado contamina o solo, o lençol freático e o ar, pois produz gás metano e pode causar danos ao meio ambiente.
A CORPE também recolhe o lixo eletrônico: pilhas, baterias, celular, carregador, equipamentos de informática (monitor, cpu, impressora, teclado, mouse, notebook, nobreak, estabilizador), eletrodomésticos portáteis (televisão, rádio, telefone sem fio, micro-ondas, filmadora, máquina fotográfica, videocassete, dvds, cds), brinquedos eletrônicos e ferramentas elétricas. Este tipo de lixo em contato com o meio ambiente pode contaminar o solo e a água porque tem substâncias químicas como chumbo, cádmio, mercúrio e berílio. Além disso, são constituídos por grande quantidade de plástico e vidro, elementos que demoram para se decompor no solo. Assim como o óleo de cozinha, o lixo eletrônico pode ser colocado no saco verde nos mesmos dias da coleta seletiva realizada pela CORPE ou pode ser levado direto na Cooperativa, localizada na Estrada Municipal Elpídio Aurélio Ferreira, 4050, Bairro Lajeado (Estrada do Aterro Sanitário).